domingo, 18 de novembro de 2007

SOV

Constata-se que as causas de fadiga e os acidentes estão relacionados com a selecção de pessoal.

As tendencias actuais do mundo moderno, como a globalização, a tecnologia, a informação, o conhecimento, os serviços, ênfase no cliente, qualidade, produtividade e também competitividade, estas tendencias e mudanças na gestão de pessoas, influenciam obviamente as práticas de recrutamento e selecção.

Muitas vezes, existe uma má adaptação do individuo ao posto de trabalho, e assim surgir a ideia que, tem de haver o Homem no lugar certo, ou seja para um determinado posto de trabalho existe alguém indicado que é necessário encontrá-lo.

Não se deve esperar que um sujeito, mantenha sempre o mesmo ritmo, nem sempre a mesma ambição, nem sempre a mesma motivação, a pessoa tende a modificar o seu comportamento face à organização, por variadíssimos factores.

Pode-se considerar que a selecção de pessoa visa, sobretudo, a escolha da pessoa que garanta uma adaptação rápida ao posto de trabalho, e que possua potencial suficiente para progredir no projecto de carreira.

Recrutamento, selecção e colocação

O recrutamento é visto como o atrair dos potenciais candidatos, enquanto a selecção diz respeito a todo o processo, desde a convocação dos pretensos candidatos até à ultima de admissão. A colocação engloba selecções múltiplas, ou seja, temos um mesmo conjunto de sujeitos a concorrer para diferentes vagas em aberto.

Princípios de selecção

A selecção de pessoal assenta em procedimentos de índole psicológica, tem por objectivo a convergência dos interesses do indivíduo e da organização de forma a optimizar a relação satisfação-Rendimento. Assim, tenta-se com base nos resultados obtidos na avaliação psicológica, pelo menos de forma parcial, prever o comportamento futuro das pessoas.

As situações de avaliação, quanto mais próximas estiverem de situações reais futuras, menor margem de erro produzem na predição do comportamento. Por outro lado as condições envolventes ao longo do tempo; não permanecem inalteráveis, ou seja, a atitude com que o indivíduo foi avaliado para a selecção não será a mesma com que está agora no posto do trabalho a desempenhar a função.

A selecção de pessoal como critério

O critério é o conceito base que orienta a dinâmica da selecção do pessoal. O mais divulgado é o da produtividade, o que habitualmente aparece associado é a satisfação profissional. Já que se diz que os níveis de produtividade podem ser controlados se controlarmos a satisfação profissional, assim escolhe-se aqueles que apresentem uma maior probabilidade para a satisfação no trabalho. Esperando assim que alcancem elevados níveis de produtividade.

A hipotética relação obtida entre a avaliação efectuada anteriormente e a eventual produtividade posterior, leva-nos a um conceito mais objectivo e determinante na escolha de selecção de pessoal, que é a Validade preditiva.

A capacidade preditiva difere de consoante o critérios utilizado. A validade preditiva indica-nos a capacidade do sistema (preditor) em prever, com determinado grau de confiança, o comportamento de um determinado critério.

Num sistema de selecção podem existir vários valores preditivos.

Num sistema de selecção não existe um modelo de selecção optima, que se posa considerar universal para todas as funções.

Fases mais comuns na selecção de pessoal (7)

  1. Descodificação do pedido.

Visa um conhecimento profundo da organização, para se poder identificar correctamente a vaga e a integração da função na organização

A fase seguinte, após se ter conhecimento mais concreto sobre a organização e a integração da função na organização, é a análise funções.

  1. Análise de funções

O seu objectivo principal é a descrição tão exaustiva quanto possível das diversas componentes de uma função, neste passo é comum recolher-se a seguinte informação:

2.1. Aptidões e competências exigidas

2.2. Características de ordem personalistica

2.3 Experiencia profissional necessária

2.4 Formação necessária

2.5 Grau de obrigatoriedade de deslocações (raio e frequência)

2.6 Conhecimento de línguas

2.7 Carta de condução

2.8 Carteiras profissionais necessárias

2.9 Conhecimento de informática

É importante que as chefias directas estejam envolvidas no processo e que concordem com a pertinência dessas especificações.

  1. Exigências da função

Com base na análise de funções, identificam-se as dimensões pertinentes para um óptimo desempenho, tornando-se necessário determinar o grau de importância a tribuir a cada um deles.

São utilizados os métodos qualitativos e os quantitativos.

A atracção dos candidatos, enquanto fase do processo selectivo, comumente designada por recrutamento, tem por objectivo o fornecimento de matéria-prima para a selecção propriamente dita.

As fontes de recrutamento mais utilizadas, são:

- Anúncios em jornais ou revistas

- Base de dados

- Cartazes ou anúncios na portaria da empresa

- Conferencias e palestras nas escolas e universidades

- Contactos directos com associações de classes

- Arquivos de curriculum Vitae de candidatos

É no entanto por intermédio de colocação de anúncios na imprensa que se divulga mais frequentemente a necessidade de admitir pessoas.

  1. Escolha e aplicação do método de selecção

Segundo Muchinscky, considera que existem quatro critérios de avaliação,

- Amplitude de aplicação (possibilidade de poder ser aplicado a mais que um grupo profissional)

- O custo

- O fairness (capacidade de o método poder ser aplicado a dois conjuntos de candidatos diferenciados em termos de sexo, raça. Etnia…, sem produzir enviesamentos)

- Capacidade de predição ou validade

Tem outros autores, como Robertoson e Smith (1989), acrescentaram oito características inerentes aos preditores, disponibilidade do mercado, qualificações necessárias pelo utilizador, impacto nos candidatos, entre outras)

A validade preditiva dos métodos de selecção, pode provocar um aumento significativo da qualidade da selecção efectuada.

O conceito de validade preditiva directamente associado à capacidade de previsão, é fácil entender que esta é uma das características mais importantes quando procedemos à escolha de um metodo para o incluirmos no processo de selecção.

Métodos de selecção e validade preditiva

Há cerca de um década os assessment centres, começaram a ser mais conhecidos durante a segunda grande guerra, com a selecção de pessoas para responsabilidades de liderança., também por outro tem-se assistido ao aperfeiçoamento das entrevistas de forma a elevar a sua fraca validade.

Revistas de maior divulgação, descrevem alguns métodos mais conhecidos e utilizados em selecção de pessoal.

De destacar alguns métodos, pouco utilizados como seja os work sample e os assessment centre.

O primeiro consiste numa amostra de trabalho, destina-se a um tipo de população cujo trabalho seja essencialmente manipulativo e de pouca interacção pessoal.

Os segundos são sobretudo escolhidos para a selecção de quadros superiores.

Existem alguns métodos com baixos indices de validade como é o caso da avaliação da personalidade, as entrevistas e as referências.

As entrevistas apesar de terem baixos indices de validade , são das mais utilizadas, no mercado português as entrevistas são utilizadas a mais de 80%.

Os work samples, são amostras de trabalho , em que os candidatos têm de realizar pequenos exercicios directamente relacionados com a função a que estão a concorrer como, por exemplo, passar a computador um texto composto por tabelas e gráficos, para uma função administrativa.

  1. Escolha dos candidatos

Após a avalização efectuada o psicólogo geralmente dá um parecer que conrresponde a um prognóstico, de uma forma geral este prognóstico está associado a um grau de probabilidade de sucesso.

Fase da entrevista de selecção psicológica

  1. Acolhimento, conrresponde a ir buscar o candidato à sala de espera e quebrar o gelo com uma conversa inocua para os objetivos da entrevista
  2. Apresentação, informar quem somos, o que se irá abrodar e dar atenção ao estilo de linguagem
  3. Fase não-directiva, deve-se colocar o sujeito a falar de algo que espelhe a sua motivação, é habito nesta fase, solicitar ao sujeito que fale da sua experiencia profissional recente, geralmente através da proposição: “fale-me da sua experiencia profissional anterior”.
  4. Fase temática, procuramos aprofundar alguns aspectos que foram abordados na fase não directiva, assim como outros que estejam no CV. As perguntas devem ser colocadas de forma a que, o sujeito emita julgamentos de valor sobre os temas a abordar.
  5. Fase de espelho, devemos esclarecer toda a informação que entendermos que está mal esclarecida, deve-se colocar o sujeito em confronto. E os testes que foram considerados inconsistentes, devem ser colocados neste ponto, questionados. Por exemplo, questionar o sujeito quanto aos resultados elevados nas provas de raciocínio quando ele na entrevista mencionou o facto de insucesso escolar.
  6. Fase de Síntese, o objectivo desta fase é o resumo de tudo o quanto foi dito e também deve-se dar hipótese ao sujeito de comentar, esse resumo. É o momento ideal para o candidato questionar o que entender do processo de selecção. Deve-se ter sempre muito cuidado sobre a informação que se vai dar e como é dada. O sujeito tem direitos de saber os resultados, mas temos que ter em atenção o facto que foi a organização que solicitou a avaliação, também tem que ser respeitados.

As fases apesar de terem sido apresentadas sequencialmente e estanques, o entrevistador com experiencia pode alterar a sequência, de maneira a melhor adaptá-lo candidato que tem na frente. Se a condução da entrevista nos dá forma de chegar aquilo que pretendemos, o conteúdo deverá subordinar-se ao guião da entrevista.

O guião de entrevista, consiste num enumerar de aspectos considerados pertinentes para o desempenho da função. O guião de entrevista, não deve ser confundido com um encadear de perguntas que se tem de fazer.

Num guião constam temas que devem ser desenvolvidos, independentemente como são abordados. Serve para também para o entrevistador, confirmar se abordou as temáticas toas.

Para Wiesner e Cronshaw (1988), as validades mais altas estão mais associadas ao facto de as perguntas se baearem em análises formais das funções, e não em análises informais da função, ou não por terem qualquer análise da função.

Os assessment centres, como método de selecção

Form adesenvolvidos nos anos 20, por psicólogos alemães. Sò a partir da II grande guerra, existiu um impulso forte, já que existiu como método de espiões e oficiais, funções de liderança.

Permite identificar as características mais fortes e mais fracas

Nos últimos anos as organizações alteraram a sua estrutura e o desenho das suas funções. De organizações burocráticas, estáveis e com funções especializadas mudaram para organizações em permanente mudança com funções que exigem flexibilidade, inovação e aptidões para trabalhar em equipa.

As "competências que emergem" são a flexibilidade, a adaptabilidade, a autonomia e a

inovação.

Todas estas mudanças levaram a que os métodos de selecção utilizados no recrutamento e selecção sofressem também alterações. Assim, para se predizer o desempenho futuro das pessoas surgem novos métodos como os assessment centres.

Este método de selecção para além da boa predição no desempenho na função, parece ser, de acordo com as competências actualmente exigidas pelas organizações, um dos mais adequados, quer para a selecção, quer para a identificação de necessidades de desenvolvimento.

A mera participação em acções deste tipo, mostra-nos que estimula as competências relativas às dimensões avaliadas nos exercícios.

Possui um grau de predição, já que permitir estimar o grau de adaptação.

As provas concebidas, são determinadas pela função. Os exercícios possuem uma forte relação com os conhecimentos e competências essenciais para um desempenho correcto da função. Os candidatos são avaliados conforme os comportamentos demonstrados nos exercícios. Sob a orientação de um coordenado e, os observadores e coordenador chegam a uma conclusão global de cada candidato por dimensão.

Os assessment centre, são desenvolvidos em várias fases com vista a torná-lo num método, válido e útil e suficientemente adaptado à função que se destina, a aplicação devera ter sempre em conta as características específicas da função q eu se destina.

Os observadores dos assessment centres, têm que estar familiarizados com a estrutura, objectivos e cultura da organização.

Os comportamentos e a avaliação de cada candidato, são escritos, são registados

Salgado (1999), após uma análise de estudos publicados entre 1991 e 1997, verificou que a maior parte da literatura sobre os assessment center foi publicada nos Estados Unidos, tendo posteriormente, vindo a aumentar na Europa, especialmente na Alemanha e Holanda.

Os assessment center podem ser definidos quanto aos seus objectivos:

- selecção interna e externa;

- avaliação de potencial para uma função ou para um conjunto de funções (gestão de

carreiras);

- identificação de necessidades de formação.

Este método utiliza um conjunto diversificado de provas que pretendem simular situações reais (relacionadas com as funções a desempenhar) e em que se pode avaliar a forma como os participantes as enfrentam e solucionam (predição quanto ao sucesso de cada participante naquela função).

De acordo com Zaal (1998) uma das vantagens que o método de assessment center

apresenta em comparação com os métodos tradicionais, é incluir exercícios de simulação que permitem desencadear comportamentos essenciais para um bom desempenho na futura função.

Enquanto a análise curricular, as referências ou a entrevista nos dão informações sobre o passado, o assessment center é um preditor do potencial e do desempenho futuro.

Sekiou e al. (1993) faz uma breve descrição das vantagens e inconvenientes dos assessment center.

As vantagens são:

- recorrer a vários observadores e a vários exercícios de avaliação;

- utilizar simulações que reflectem a realidade das tarefas a desempenhar na futura função;

- existir um a standartização das situações, o que facilita a comparação entre os candidatos;

- ter uma validade frequentemente superior à das outras técnicas;

- poder servir de formação quer para os participantes quer para os observadores;

levar a uma maior compreensão por parte do candidato relativamente às exigências da

função.

As desvantagens são:

- ser essencial a formação dos observadores;

- atender a algumas condições sobre a sua concepção e desenvolvimento; e

- exigir uma preparação muito cuidada.

Para além disso, os custos são elevados (número de pessoas que participam, formação,

preparação) e a duração é longa (em média 3 dias).

Vamos sintetizar em seguida alguns dos princípios a ter em conta na implementação de um

assessment centre. Na Figura 1, apresentamos o fluxograma de um Programa de Assessment Center, considerando a existência de três fases no desenvolvimento deste: a preparação, a realização e o fecho ou feedback.

  1. Validação do processo

A pesquisa sobre a validação deverá ser continuada de forma a poder-se recolher mais dados sobre o sujeito, como o desempenho dos candidatos em funções subsequentes, que serão correlacionados com os resultados intermédios e finais do assessment centre. Quanto mais elevada for a correlação, mais válido será o assessment, centre e com maior confiança se podem fazer previsões do desempenho em funções que estiveram na base da sua construção.

Verifica-se alguma divergência, entre as soluções teoricamente mais válidas e as opções assumidas na prática, que poderá ser explicada pela existência de outras variáveis que pesam na tomada de decisão da escolha do método, nomeadamente, o custo e a amplitude da sua aplicação por diversos grupos profissionais.

A validade aparece, teoricamente como o critério mais pertinente no estudo dos

Preditores. A atitude de selecção deve visar a rápida socialização e interiorização das normas vigentes da organização, segundo alguns autores.

Os assessment centres, revelam-se como o método mais eficaz na selecção de pessoal com responsabilidades de chefia, utilizam uma tecnologia que permite uma avalização mais objectiva e centrada nas tarefas que o sujeito vai ser chamado a desempenhar na função para que está a concorrer.

As empresas estão a apostar no rendimento das equipas como algo mais do que o somatório dos vários rendimentos individuais.

Assistimos, no entanto a uma carência de métodos e técnicas válidos para a validação das variáveis determinantes da eficácia do trabalho em equipa como sejam, a composição, o processo e os resultados.

sábado, 17 de novembro de 2007

Searching for God in the Brain

Searching for God in the Brain

Resenção/Resenha


Resenha, recensão de livros ou análise bibliográfica é uma síntese ou um comentário dos livros publicados feito em revistas especializadas das várias áreas da ciência, das artes e da filosofia.

As resenhas têm papel importante na vida científica de qualquer estudante e dos especialistas, pois é através delas que se toma conhecimento prévio do conteúdo e do valor de um livro que acaba de ser publicado, fundando-se nesta informação a decisão de se ler o livro ou não, seja para o estudo seja para um trabalho em particular.

Uma resenha pode ser puramente informativa, quando apenas expõe o conteúdo do texto; é crítica quando se manifesta sobre o valor e o alcance do texto analisado; é crítico-informativa quando expõe o conteúdo e tece comentários sobre o texto analisado.

A resenha estrutura-se em várias partes lógico-redacionais.

Abre-se com um cabeçalho, no qual são transcritos os dados bibliográficos completos da publicação resenhada;

uma pequena informação sobre o autor do texto, dispensável se o autor for muito conhecido; uma exposição sintética do conteúdo do texto,

que deve ser objetiva e conter os pontos principais e mais significativos da obra analisada, acompanhando os capítulos ou parte por parte.

Deve passar ao leitor uma visão precisa do conteúdo do texto, de acordo com a análise temática, destacando o assunto, os objectivos, a idéia central, os principais passos do raciocínio do autor.

Finalmente deve conter um comentário crítico. Trata-se da avaliação que o resenhista faz do texto que leu e sintetizou.

Essa avaliação crítica pode assinalar tanto os aspectos positivos quanto os aspectos negativos do mesmo. Assim, pode-se destacar a contribuição que o texto traz para determinados sectores da cultura, sua qualidade científica, literária ou filosófica, sua originalidade etc.; negativamente, pode-se explicitar as falhas, incoerências e limitações do texto. Esse comentário é normalmente feito como último momento da resenha, após a exposição do conteúdo. Mas pode ser distribuído difusamente, junto com os momentos anteriores: expõe-se e comenta-se simultaneamente as idéias do autor.

As críticas devem ser dirigidas às idéias e posições do autor, nunca a sua pessoa ou às suas condições pessoais de existência. Quem é criticado é o pensador/ autor e suas idéias, e não a pessoa humana que as elabora.

É sempre bom contextuar a obra a ser analisada, no âmbito do pensamento do autor, relacionando-a com seus outros trabalhos e com as condições gerais da cultura da área, na época de sua produção.

Na medida em que o resenhista expõe e aprecia as idéias do autor, ele estabelece um diálogo com os mesmos. Nesse sentido, o resenhista pode até mesmo expor suas próprias idéias, defendendo seus pontos de vista, coincidentes ou não com aqueles do autor resenhado.

Que é Análise Literária?


Em resumo é decomposição de um texto em suas partes constitutivas, para perceber o valor e o relacionamento que guardam entre si e para melhor compreender, interpretar e sentir a obra como um todo completo e significativo.

"A análise literária não se reduz, pois, ao comum comentário do texto, trabalho colateral ao mesmo texto, que não vai até à sua essência, nem à sua explicação, nem ao mero estudo da biografia do autor. Deve ir mais além, abrindo caminho para a crítica, para a história, que investigará sobre o autor e os antecedentes da obra; e para a teoria da literatura, que extrairá da obra os princípios suscetíveis de formulação estética". (Herbert Palhano, Língua e Literatura).

A análise de texto, ensina Nelly Novaes Coelho (0 Ensino da Literatura), é o esforço por descobrir-lhe a estrutura, seu movimento interior, o valor significativo de suas palavras e de seu tema, tendo em mira a unidade Intrínseca de todos esses elementos. Pressupõe o exame da estrutura do trecho e da linguagem literária (o vocabulário, o valor das categorias gramaticais usadas), o tipo de figuras predominantes (símiles, imagens, metáforas... ), o valor da sintaxe predominante (frase ampla ou breve, tipos de subordinação e coordenação, frases elípticas...), a natureza dos substantivos escolhidos; tempos ou modos de verbo, uso expressivo do artigo, da conjunção, dos advérbios, das preposições, etc., tudo em função do significado essencial do todo. Uma boa análise de texto, isto é, de fragmento só pode ser realizada quando o todo, a que ele pertence, tiver sido perfeitamente interpretado.

Em suma: o texto é ponto de partida e ponto de chegada da análise literária.

Ficheiros


Arte
resenha
arte, filipa
Minha Resenha

Organizações
aprendizagem organizacional
argumentos 1 e 2

Educação
educação

Análise de documentos
Lucius Apuleius
António Aleixo

SOV
Introdução
Introdução2
Recrutamento
Selecção
Anúncio
Curriculum Vitae
Assessment Center
Entrevista

http://pwp.netcabo.pt/vitor_fernandes/files/

Prendizagem Organizacional




Apre
ndizagem
Organizacional

Podemos definir a aprendizagem ao longo da vida da seguinte forma:

1- Um processo de desenvolvimento que estejamos empregados ou desempregados.

2- Processo que compreende actividades formais e informais

3- Processo no qual que precisa de estruturas na aprendizagem ao longo da vida, para ter condições de maneira a que facilite essa aprendizagem.

Quando falamos em sociedade de aprendizagem refere-se à mobilização seja ao nível da sociedade, seja ao nível do público, criando assim oportunidades para a aprendizagem.

As empresas são uma entidade que têm um papel determinante na criação de oportunidades de desenvolvimento da aprendizagem.

O conceito de aprendizagem organizacional

A maior parte das organizações, pedem que as pessoas tenham a capacidade para responder de forma rápida e adequadamente às mudanças do meio, para que assim tenham a capacidade de improvisação de novos produtos e serviços e inovação.

Com o aparecimento da globalização isto veio trazer, mudanças e acréscimos tecnológicos faz com que seja determinante no mundo organizacional a capacidade de aprendizagem. Assim podemos dizer que este aumento de conhecimento faz com que as organizações sejam importantes no mundo da aprendizagem.

Surgindo assim, novos conceitos como:

- Aprendizagem organizacional

- Organização Inteligente

- Management do Conhecimento

Estes conceitos mostram os novos caminhos que se procura para desenvolver a capacidade de aprendizagem organizacional sempre com o objectivo de inovar.

Já que em épocas de crise as organizações procuram mudar as acções com vista a encontrar melhores resultados.

Este processo de aprendizagem ocorrer a dois níveis:

1- loop único, a empresa faz ajustamentos pequenos nas suas acções , nada muda, trata-se apenas de detectar e corrigir pequenos erros de rotina. São mudanças incrementais no funcionamento organizacional.

2- Duplo loop, que se trata da introdução de novos produtos, serviços ou mesmo inovação. Este processo dos dois, é o mais enriquecedor ao nível das competências. É na prática uma inovação ao nível dos processos das praticas existentes.

Importante de referir que a aprendizagem no mundo organizacional, depende muito da capacidade dos seus membros, no sentido de criar conhecimento, de disseminar este conhecimento a outros na organização o conhecimento adquirido, de improvisar ou renovar as novas práticas de produtos ou serviços.

Estes processos de inovação não se restringem apenas à inovação técnica, é uma nova forma de fazer as coisas incluindo novos caminhos de trabalho com clientes, novas formas de trabalhar, em parceria com vista a desenvolver áreas comuns e interesse.

Representação prática do conhecimento

O Importante é compreendermos como o conhecimento prático pode ser compreendido.

Teoria + Acção = Acção

A teoria é o suporte ao acompanhamento através da acção.

A teoria relevante inicia-se antes da acção, o modelo liga a teoria dando-lhe um sentido correcto.

Na tradição de Dewey, a inovação situa-se no reconhecimento da falibilidade do conhecimento como proposta dum mecanismo de aprendizagem ou dos aspectos de improvisos que lhe podem associar.

Shon, desenvolve a noção de conhecer pela acção, para descrever a estrutura conceptual que resulta em gerar novas ideias e conceitos e como é que estas se tornam coerentes com a prática.

Pode-se afirmar que uma organização aprendente aceita melhor a turbulência do meio, já que utiliza a capacidade dos colaboradores a diferentes níveis hierárquicos.

Com esta aceitação da mudança, faz com que a empresa trabalhe numa lógica de longo prazo mas ao nível estratégico. Ela conhece para onde se dirige, mas não planeia exactamente como lá vai chegar, é como um turista tem uma ideia onde vai chegar e determina a sua rota, mas nunca seguindo um plano meticuloso.

Sendo assim , a organização desenvolve a habilidade para aprender e aprender a aprender.

Ao nível do papel dos colaboradores, a aprendizagem depende da capacidade cada um, depende da capacidade individual.

- deve adquirir ou criar conhecimento novo para a organização e divulgar esse conhecimento a outros na organização , e assim aplicar os novos conhecimentos a outros na organização , renovando também as práticas do trabalho, produtos ou serviços.

Esta ideia, ou noção afecta a visão dos colaboradores na organização.

As organizações precisam dos seus colaboradores essencialmente para aprender, no sentido de adquirir novos conhecimentos e capacidades e aperfeiçoar práticas de trabalho, produtos ou serviços com vista à inovação.

Orientação de Aprendizagem

As organizações que criam oportunidades de aprendizagem aos seus colaboradores com objectivos a longo prazo, são considerados como organizações que aprendem e assim ao criarem facilidades de aprendizagem, estimulam os seus empregados a atingir novos conhecimentos e capacidades e adquirir novos conhecimentos para a resolução de problemas.

A aprendizagem nas organizações é feita pelos membros, que estão à mais tempo nas organizações e pelos que entram e detém novos conhecimentos

A aprendizagem organizacional é produtiva, quando é completa, não distorcida ou sem ser fabricada, é transparente, com feed-back válido.

Quando existe informação válida esta transforma-se em conhecimento (ou seja existe uma interpretação da informação).

A cultura organizacional, pode-se considerar como um factor mediador nos processos de aprendizagem organizacional, funcionando como o mecanismo integrador dos diferentes níveis de aprendizagem. Ela é um padrão de valores partilhados e de crenças que ajudam os indivíduos a compreender o funcionamento das organizações.

Pode-se considerar que a cultura organizacional, interliga o aprender na organização com o aprender com a organização, isto é, a aprendizagem individual e a aprendizagem individual e aprendizagem grupal são unidas pela aprendizagem organizacional.

Esta aprendizagem, caracteriza-se pelo elevado grau de incerteza do meio envolvente, pelo custo de erros, por uma exigência evidente do profissionalismo, e pela forte liderança para aprender.

Para se ter sucesso num meio de incerteza é vital segundo alguns autores esta aprendizagem

A percepção dos potenciais custos e o evitar erros facilita a aprendizagem, quanto mais o posto de trabalho apresenta altos custos associados ao erro mais a aprendizagem organizacional se desenvolve.

Para facilitar o processo de aprendizagem o profissionalismo deve acompanhar-se pelo commitment. Os profissionais avaliam-se pela extensão e domínio do conhecimento, cada vez que fazemos alguma coisa, devemos fazer melhor que da ultima vez, a fasquia vai aumentando em função do que as pessoas podem atingir.

O envolvimento dos lideres, também é importante, é crucial para o processo da mudança.

Políticos e académicos repetem que a mesma, ideia, , o mesmo mantra, que o conhecimento permite o desenvolvimento das competências.

A vantagem competitiva consiste no desenvolvimento do conhecimento simbólico mais do que o prático e em encorajar os valores mais do que os procedimentos.

Os membros destas organizações, estão continuamente em transformação.

Características de organização aprendente

Trocas livres numa comunidade de práticas, conhecimento em rede e experiência.

Capacidade de improvisar, no sentido de satisfazer as necessidades e expectativas

Aprender a liderar. Líderes intermédios, são instrutores, coach, mentores, compreendentes, modelos de aprendizagem.

Os líderes de topo apresentam a sua visão, mais orientados para a criatividade do que para a imposição.

Abertura ao diálogo

Diferentes perspectivas, abrem as portas a novos diálogos e a novos resultados

A aprendizagem Organizacional coincide cada vez mais com a ocorrência de transformações nas nossas economias e sociedades, as metas de aprendizagem se improvisam tão rapidamente, quanto a mudança do mercado.

Como diz Dogson (1993), a habilidade para mudar mudando-se a si próprio é a resposta viável às mudanças do meio. Com esta aprendizagem deve-se relacionar cada vez mais facilmente com a adversidade, o que promove a criatividade.

O acto de aprender é oposto ao acto de organizar, aprender significa, reestruturar, desorganizar inovar, mudar, organizar está associado planificar, estruturar, padronizar, estabilizar.

Vários autores, reduzem a aprendizagem organizacional à aprendizagem dos individuos

Schein (1994), escreve que a cultura é mediadora de facilitação ou inibição do processo de aprendizagem

As facilitadores podem ser as;

- Orientação para as pessoas

- Crença que o meio externo é maleável e que as organizações podem introduzir mudanças no meio e controlá-lo

- Comunicação aberta e extensiva à organização

- Valorização do trabalho em grupo.

- Crença partilhada que as pessoas querem e podem aprender, valoriza a aprendizagem e a mudança.

Para que exista uma adaptação ao meio, importante para a aprendizagem é necessário que:

- A tolerância ao erro

- A valorização do risco.

- A orientação para o futuro (atitudes positivas face ao meio envolvente)

- A abertura ( o conflito é natural, e desde que seja cognitivo o de argumentação racional, pode ser construtivo)

- A autonomia (responsabilidade na decisão)

Assim, a organização é qualificante na medida que constrói as competências necessária à sobrevivência e aprendente porque com base na experiencia, na relação ao meio, deduz as evoluções a implementar.

domingo, 11 de novembro de 2007

Tema 3- Teoria de Piaget para a Psicologia da Educação.

Estádios de desenvolvimento

Cada estádio principal é um sistema de pensamento qualitativamente diferente do precedente.

Estados sequenciais, cada um corresponde a uma idade tendo casa um subcategorias, embora possam existir diferenças cronológicas.

Existe uma evolução integrativa, isto é, as novas aquisições são integradas na estrutura anterior, organizando-se agora uma nova estrutua hierarquicamente superior.

Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo dá-se quando temos um conflito cognitivo. O conflito cognitivo, causa instabilidade, motivação, conflito, duvida, desejo de saber. Este conflito cognitivo dá-se quando percebemos que temos algo contraditório é interno e pessoal.

Assim a cognição é um processo activo e interactivo permanente de avanços e recuos entre a pessoa e o meio. É activo e não passivo, a pessoa afecta o meio e o meio afecta a pessoa simultaneamente, como que um mecanismo regulador.

Assimilação; tenta-se encaixar, conforme o conhecimento.

Acomodação; é a modificação do nosso conhecimento, é a resstruturação do mesmo de uma maneira diferente

A Assimilação e Acomodação

A assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra (classifica) um novo dado perceptual, motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias (WADSWORTH, 1996). Ou seja, quando a criança tem novas experiências (vendo coisas novas, ou ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui.

O próprio Piaget define a assimilação como (PIAGET, 1996, p. 13) :

... uma integração à estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova situação.

Isto significa que a criança tenta continuamente adaptar os novos estímulos aos esquemas que ela possui até aquele momento. Por exemplo, imaginemos que uma criança está aprendendo a reconhecer animais, e até o momento, o único animal que ela conhece e tem organizado esquematicamente é o cachorro. Assim, podemos dizer que a criança possui, em sua estrutura cognitiva, um esquema de cachorro.

Pois bem, quando apresentada, à esta criança, um outro animal que possua alguma semelhança, como um cavalo, ela a terá também como cachorro (marrom, quadrúpede, um rabo, pescoço, nariz molhado, etc.)

Entrando agora na operação cognitiva da acomodação, iniciamos com definição dada por PIAGET (p. 18, 1996) :

Chamaremos acomodação (por analogia com os "acomodatos" biológicos) toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações exteriores (meio) ao quais se aplicam.

Assim, a acomodação acontece quando a criança não consegue assimilar um novo estímulo, ou seja, não existe uma estrutura cognitiva que assimile a nova informação em função das particularidades desse novo estímulo (Nitzke et alli, 1997a). Diante deste impasse, restam apenas duas saídas: criar um novo esquema ou modificar um esquema existente. Ambas as acções resultam em uma mudança na estrutura cognitiva. Ocorrida a acomodação, a criança pode tentar assimilar o estímulo novamente, e uma vez modificada a estrutura cognitiva, o estímulo é prontamente assimilado.

WADSWORTH diz que (1996, p. 7) "A acomodação explica o desenvolvimento (uma mudança qualitativa), e a assimilação explica o crescimento (uma mudança quantitativa); juntos eles explicam a adaptação intelectual e o desenvolvimento das estruturas cognitivas." Essa mesma opinião é compartilhada por Nitzke et alli (1997a), que escreve que os processos responsáveis por mudanças nas estruturas cognitivas são a assimilação e a acomodação.

PIAGET (1996), quando expõe as ideias da assimilação e da acomodação, no entanto, deixa claro que da mesma forma como não há assimilação sem acomodações (anteriores ou atuais), também não existem acomodações sem assimilação. Esta declaração de Piaget, significa que o meio não provoca simplesmente o registo de impressões ou a formação de cópias, mas desencadeia ajustamentos activos.

A Teoria da Equilibração

Segundo Piaget (WADSWORTH, 1996), a teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e assim, é considerada como um mecanismo auto-regulador, necessária para assegurar à criança uma interacção eficiente dela com o meio-ambiente.

A sequencia de mudanças de estádios ocorre pela ordem proposta por Piaget.

Estágios de desenvolvimento

Para Piaget, o desenvolvimento humano obedece certos estágios hierárquicos, que decorrem do nascimento até se consolidarem por volta dos 16 anos. A ordem destes estádios (ou estágios) seria invariável e inevitável a todos os indivíduos.

  • Estágio sensório-motor ( do nascimento aos 2 anos) - a criança desenvolve um conjunto de "esquemas de acção" sobre o objecto, que lhe permitem construir um conhecimento físico da realidade. Nesta etapa desenvolve o conceito de permanência do objecto, constrói esquemas sensório-motores e é capaz de fazer imitações, construindo representações mentais cada vez mais complexas.
  • Estágio pré-operatório (dos 3 aos 6 anos) - a criança inicia a construção da relação causa e efeito, bem como das simbolizações. É a chamada idade dos porquês e do faz-de-conta.
  • Estágio operatório-concreto (dos 7 aos 11 anos) - a criança começa a construir conceitos, através de estruturas lógicas, consolida a conservação de quantidade e constrói o conceito de número. Seu pensamento apesar de lógico, ainda está preso aos conceitos concretos, não fazendo ainda abstracções.
  • Estágio operatório-formal (dos 12 aos 16 anos) - fase em que o adolescente constrói o pensamento abstracto, conceitual, conseguindo ter em conta as hipóteses possíveis, os diferentes pontos de vista e sendo capaz de pensar cientificamente.

Implicações educacionais da teoria de Piaget

As crianças para apreenderem precisam de se ocupar com actividades apropriadas às capacidades cognitivas, não fixadas à nascença, mas desenvolvidas em cada um dos estádios.

Inteligência = Acção . A acção produz desenvolvimento cognitivo. É necessária uma Escola Activa.

O desenvolvimento cognitivo depende da acção para Piaget. A acção produz desenvolvimento, daí se necessário ser uma escola activa.

Não se deve acelarar o desenvolvimento. Já que o progresso é o resultado de dois factores ( o ensino critico, o estádio de desenvolvimento cognitivo)

Patricia Arlim, critica Piaget pela existência de 4 estádios e assim indica um quinto estádio, de operações pós-formais.

Onde existe a capacidade de desenvolver novas soluções, onde se formula perguntas produtivas, uma atenção no Raciocínio Lógico com a criatividade e a sabedoria.

Assimilação, assimilar ideia e experiencias do meio circundante. Um ajustar das experiencias ao nosso estádio de desenvolvimento cognitivo.

Acomodação, é o alterar do nosso presente estádio de processamento cognitivo de modo a incorporar novas experiências

Equilibração, é o acto de balanceamento entre antigas e as novas percepções e experiencias, é um processo dinâmico que procura reduzir a dissonância.

Fases de aprendizagem

Consciência de uma discrepância moderada na compreensão do significado de um acontecimento ou ideia .

Sentimento de perplexidade; curiosidade, embaraço ou activação afectiva.

Acumulação de mais informações novas que não se ajustam à antiga compreensão

Existência de um período de reflexão descontraída procuram ajustar-se os novos elementos de informação no antigo esquema.

Um novo equilíbrio é alcançado; a nova informação evolui da acomodação para a assimilação.

Passado o tempo suficiente a nova informação torna-se antiga e pode ser generalizada a situações semelhantes.

Surge uma nova discrepância moderada e o processo continua.

O professor não ensina, ajuda o aluno a aprender

Crianças geralmente classificadas num estádio podem apresentar alguns pensamentos de nível superior.